O atleta que abriu mão de $13 milhões pra ficar perto do filho.

Abril 26, 2016 at 11:00 pm

O nome do  jogador de baseball  Adam LaRoche esteve estampado em vários jornais e gerou polêmica na boca e facebook de milhões de americanos no mês de março. Alguns o criticaram chamando de tolo e estúpido. Outros o apoiaram e disseram estar inspirados por seu exemplo. O motivo de tanta discussão? O jogador, muito famoso aqui nos EUA (americanos são apaixonados por baseball), abriu mão de um contrato que lhe renderia $13 milhões de dólares só no ano de 2016 e resolveu se aposentar precocemente por causa de sua família. A direção do time pro qual ele jogava, o White Sox, mudou os requerimentos com relação a presença de familiares, especialmente filhos, no clube. O jogador, que por diversas vezes já havia chamado atenção da mídia, não só pelo seu talento no esporte, mas por sua fé cristã, por suas viagens aos países mais pobres do mundo pra ajudar em campanhas contra a escravidão moderna e a prostituição infantil, e por deixar claro que apesar de ser grato por toda sua carreira no esporte, o baseball era apenas um jogo e não vinha antes de outras prioridades, não teve dúvida na hora de twittar:

laroche1

 

“Thank u Lord for the game of baseball and for giving me way more than I ever deserved!#FamilyFirst

Traduzindo: “Obrigado Senhor pelo jogo de baseball e por me dar muito mais do que eu jamais mereceria.”#famíliaprimeiro

 

Junto com o twitter, vieram os papéis assinados de sua aposentadoria da liga profissional de baseball e a perda de $13 milhões por desistir do contrato com seu time. O motivo? LaRoche quer estar mais perto de seu filho Drake, de 14 anos, e os novos regulamentos  e regras do time não permitiriam isso.

 

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Tenho uma amiga muito querida que recentemente abriu mão de uma carreira muito bem sucedida pra estar em casa com a família. Ela, que por anos estudou pra chegar aonde estava profissionalmente falando, chegou à conclusão que precisava dar um tempo. Quando seu primeiro filho nasceu, ela continuou a investir em sua carreira. Mesmo ela e o marido trabalhando em profissões que exigiam bastante deles, por anos eles conseguiam manter o equilíbiro dentro do lar. O casamento estava bem, conseguiam usar bem o tempo, cuidar do relacionamento deles e também suprir as necessidades emocionais e físicas do filho.

Ficamos alguns meses sem nos encontrar e foi uma grande surpresa quando ela me contou que estaria parando de trabalhar por um tempo, pois sei o quanto ela se dedicou aos estudos. Diante da minha surpresa, ela me disse: “amo minha carreira e ainda pretendo voltar um dia. Você sabe que por muitos anos conseguimos conciliar muito bem as duas carreiras, minha e do meu marido, a maternidade e nosso casamento. Mas com a chegada da minha segunda filha, com as demandas e responsabilidades no meu trabalho crescendo cada vez mais, vi que já não dava mais. Todos nós vivíamos cansados, irritados e já não estava conseguindo ser esposa, mãe e profissional. Não foi uma decisão fácil, passei meses e meses tentando mudar uma coisa aqui e outra ali, resolver de um outro jeito, mas dentro do meu coração tinha a certeza de que precisava dar um tempo da minha carreira pra focar na minha família. Não desisti da minha profissão. Amo o que faço e um dia vou voltar.Mas por enquanto vou aproveitar este momento com meus filhos”.

 

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Não creio que todo homem precisa se aposentar pra estar perto do seu filho; não acho que toda mulher precisa dar um tempo na carreira pra estar em casa 24 horas por dia (até porque poucos de nós teriam condições de fazer isso). Acredito sim que uma das maiores virtudes de uma pessoa é ter a coragem de fazer aquilo que precisa ser feito, aquilo que sentimos que Deus nos tem guiado a fazer. É necessário ter coragem pra reavaliar, pra mudar o percurso quando necessário, pra abrir mão de reconhecimento imediato por recompensas que virão a longo prazo, muitas vezes longe dos holofotes. Porque existe um tempo e um momento pra cada coisa e é necessário coragem pra admitir que às  vezes é preciso reajustar as prioridades, mudar o foco, abrir mão.

 

“Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu:

tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou,

tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de construir,

tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar,

tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las, tempo de abraçar e tempo de se conter,

tempo de procurar e tempo de desistir, tempo de guardar e tempo de lançar fora,

tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar… E tudo fez formoso ao seu tempo.” Eclesiastes 3:1-7

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