Lembrete pro fim-de-ano: quando estamos muito ocupados não temos tempo pra amar

Dezembro 1, 2014 at 5:54 pm

Lavar roupa é um serviço que nunca acaba em uma casa com três meninos. Confesso que algumas vezes, na hora da pressa, exagerei na quantidade de roupa que coloquei dentro da máquina e o resultado final não foi bom. As roupas ficaram sujas mesmo depois de lavadas, a máquina não centrifugou direito e percebi que se o manual da máquina diz que ela tem capacidade pra 8 quilos, devo colocar apenas os oito quilos de roupa, senão o trabalho não sairá bem feito!

As últimas semanas tem sido extremamente agitadas aqui em casa. Além da correria que todas vocês mamães conhecem bem, tem a correria de fim-de-ano e as preparações para uma viagem ao Brasil (oba)! Ontem passamos horas no consulado brasileiro renovando os passaportes. E sabe o que percebo? Que tenho algo em comum com a máquina de lavar roupas. Quando fico muito sobrecarregada acabo fazendo um mal trabalho como mãe, esposa e amiga.

Nos últimos dias, perdi as contas de quantas vezes disse para meus filhos “agora não”, “estou ocupada”, “eu estou trabalhando”, “vamos logo que eu estou com pressa”, nas dezenas de vezes que eles tentaram chamar minha atenção!

1229519_55738725

É época das festas de final de ano, amigo secreto, decoração da casa, compras e mais compras. Mas não podemos errar o foco e tirar os olhos daquilo que realmente importa. Por que e para quem estamos fazendo tudo isso? Se estamos fazendo para as pessoas que amamos, o foco da nossa atenção e amor deve ser elas.

Em novembro fui surpreendida com um presente bem diferente. Uma vizinha que conheço apenas de dizer “oi” veio aqui na minha casa e me convidou para ir a um jantar bem chique com lindas músicas natalinas, dança e comida deliciosa só para mulheres (se você fica em casa com seus filhos sabe o que significa uma noite só para mulheres – a chance de comer a comida antes que esfrie, usar meia calça, batom e conversar sem ser interrompida). Ela me disse que sempre me vê brincando com as crianças no jardim (descabelada, de moleton, com chinelo, varrendo a calçada e tentando dar atenção pra eles, jogando futebol, procurando minhoca embaixo da terra e por aí vai) e queria me convidar para algo especial!

Tudo foi maravilhoso e lindo, mas o que realmente me tocou foi a história de uma mulher que foi convidada pra dar uma mensagem naquela noite. Ela contou que há alguns anos atrás foi levar um grupo de estudantes, que ela ensinava, pra fazer um trabalho voluntário na Índia, com a Madre Teresa de Calcutá. Eles passaram uma semana trabalhando lá na Índia, ajudando aos pobres e enfermos. Mas não puderam conhecer a madre Teresa, pois ela estava em outra cidade onde houve um terremoto, ajudando lá. Eles já estavam no aeroporto pra voltar pros Estados Unidos e a palestrante decepcionada porque não tinha tido a oportunidade de conhecer aquela pequena mulher que a inspirava tanto. Quando por uma daquelas “coincidências” a Madre desembarca no mesmo aeroporto que eles estavam. Ela, super agitada, correu para a Madre e começou a contar dos dias que passaram ali, e perguntou se Madre Teresa poderia dar uma palavra para aqueles estudantes que estavam no grupo. A Madre disse: “Meu povo que eu cuido aqui tem fome de comida. Eu pego um pedaço de pão, molho e coloco na boca deles. Já vocês, vocês vivem no país mais rico do mundo, mas o povo de vocês está morrendo de fome, fome de amor! Vocês estão muito ocupados. O tempo todo muito ocupados e quem está muito ocupado não consegue amar. Voltem lá pro país de vocês, e deixem de estar tão ocupados, pra que vocês tenham tempo pra amar.”

Já que o centro do Natal é o nascimento de Jesus, vamos ver o exemplo dele. Jesus teve apenas três anos pra realizar seu ministério aqui na terra, mas mesmo assim Ele sempre teve tempo para as pessoas, nunca estava ocupado demais para elas!

“Naqueles dias, outra vez reuniu-se uma grande multidão. Visto que não tinham nada para comer, Jesus chamou os seus discípulos e disse-lhes: 2 “Tenho compaixão desta multidão; já faz três dias que eles estão comigo e nada têm para comer. 3 Se eu os mandar para casa com fome, vão desfalecer no caminho, porque alguns deles vieram de longe”. Marcos 8

O que me chama atenção é que Jesus não estava apenas preocupado em ensiná-las, convencê-las de algo ou assim por diante. Jesus não via aquelas pessoas como uma mercadoria, como clientes. Ele tinha amor por elas. Nem precisou que alguém da multidão chegasse a ele e dissesse que estava com fome. Ele mesmo teve a sensibilidade e percepção de parar o que estava fazendo para alimentá-los, pois tinham vindo de longe! Que exemplo! O maior nome da história, o Homem que transformou a história da humanidade, não estava ocupado demais pra amar aqueles que os seguiam. E eu, e você?

Curta nossa página no facebbok para estar conectada com outras mamães reais!

Share Button