Quem tem Influenciado seu Filho?
Meu filho mais velho começou a jogar baseball este ano. Ele está deslumbrado com o esporte, com a idéia de fazer parte de um time, e principalmente em ganhar um troféu! Mas o que mais me chamou atenção logo depois de um dos seus primeiros jogos (e é o quero refletir neste artigo), foi a pergunta que meu filho me fez na hora que estavamos indo embora depois de um treino: “Mamãe, você viu que o Coach Todd (o técnico do time) ora depois do jogo? Eu respondi, sem dar muita importância: “Sim, filho, eu vi”! Ele insistiu no assunto: “Mãe, todos os coaches oram com as crianças depois do jogo?”. “Não sei Josh, acho que nesta escolinha sim”!
No começo, não entendi a surpresa e interesse do meu filho, afinal sempre oramos aqui em casa, e sempre o levamos a igreja! Conversando com ele, no entanto, reparei algo interesante. Meu filho completa 6 anos este ano. Até agora, toda referência que ele tinha vinha basicamente de nós, os pais. Comecei a notar que conforme ele vai ficando mais velho, os olhinhos dele começam a se abrir para outras pessoas. Ele quer saber qual a opinião de outras pessoas a respeito dos assuntos que lhe interessam. O que a mamãe e o papai lhe ensinaram até agora é legal, mas será que outras pessoas também pensam assim? Lembrei de várias vezes que ouvi o Dr James Dobson, doutor em educação infantil, falar sobre a importância de a criança ter mentores, homens e mulheres de caráter que serão um modelo para eles (isto à parte dos pais, que sem dúvida devem ser os maiores exemplos que eles devem ter). Para o meu filho, o fato de o técnico do Baseball, o coach Todd, aquele sabe um montão de coisas legais e é alguém que ele admira, orar depois do jogo, perguntar as crianças se elas estào precisando de alguma coisa, ser paciente e tratá-los com respeito, é uma afirmação daquilo que nós já estamos tentando ensinar a ele em casa.
Diante disso, quero que você reflita comigo: Quais são as influências que seu filho (a) tem recebido? Confesso que quando escolhi o local aonde meu filho iria praticar esporte o que me fez decidir foi o preço e também a proximidade da minha casa. Em momento algum pensei que a escolinha era parte de uma Igreja, que os técnicos eram voluntários e que estavam mais preocupados em ser um exemplo para aqueles meninos do que simplesmente ganhar um jogo. Mas depois de ver a importância que meu filho tem dado a tudo o que o seu técnico fala e faz, percebi que tenho que prestar mais atenção no que outras pessoas tem ensinado a ele. E isto não se resume a técnicos e professores: quem são meus amigos, as pessoas que frequentam minha casa? A forma que eles se comportam, as palavras que eles dizem e o caráter deles é algo que eu quero que meus filhos copiem ou algo que me envergonharia? Quando digo isto, não o faço de uma forma condenatória, mas temos que pensar se nós temos sido influência positiva na vida das pessoas ou se temos nos deixado influenciar por hábitos negativos!
Tenho eu me esforçado para que meu filho conviva com outros adultos que eu admiro? Eu os levo à Igreja, onde vão aprender sobre Deus e caráter? Eu escolho com cuidado o grupo de escoteiros que eles vão participar, as amizades que vão alimentar? Tenho uma conhecida muito querida que infelizmente está tendo sérios problemas com seu filho adolescente. Ele começou a mexer com drogas e ela, com medo, permite que ele e vários amigos adolescentes venham usar e vender as drogas na própria casa dela, pois assim ela sabe o que está acontecendo. O que me espanta, no entanto, é que ela tem uma filha pequena, de 8 anos, e diariamente esta menina recebe diferentes amiguinhas, que vem brincar e passar a noite na casa dela. Por mais que eu tenha muito carinho por esta pessoa e deseje que o filho dela saia desta situação, fico me perguntando se as mães que enviam estas crianças para passar fins-de-semana inteiros nas casa da amiga sabem que as meninas estão em casa, as vezes sozinhas, com seis, sete ou mais adolescentes que estão usando drogas no quarto. Será que as meninas não percebem nada? Que tipo de influência isto trará para elas na adolescência?
Por outro lado, obviamente, é ímpossível criar nossos filhos dentro de uma bolha e ter total controle sobre as pessoas que cruzam seus caminhos. Eu, por exemplo, sei exatamente a escola que adoraria por meus filhos. O método que eles usam é excelente, as classes são pequenas, os diretores são linha dura e a visão da escola é muito parecida com a nossa. Um problema: cu$ta muito dinheiro. $1700,00 por mês pra ser exata. Obviamente, não vou poder matricular meus filhos lá! Mas isto não é desculpa para que eu não assuma a responsabilidade de me envolver na escola e educação dos meus filhos. Vejo que uma grande dificuldade das escolas (pelo menos aqui nos EUA) é conseguir envolver os pais nas atividades escolares, seja como voluntários, seja em programações especiais etc. Conversando com uma amiga que trabalhou por anos como conselheira em uma escola riquíssima aqui em Marietta, ela me disse que a maioria dos pais não querem se envolver, pois veem a escola como uma babá de luxo, um local onde as crianças vão para dar uma folga para os pais. O ponto, no entanto é: será que o preço por não se envolver não é alto demais?
Nossos filhos são esponjas, absorvendo tudo que veem e ouvem. Não deixe as coisas simplesmente rolarem. Se envolva na vida dos seus filhos; escolha cuidadosamente quem são as pessoas que você quer que, ao seu lado e do seu esposo, sejam um mentor na vida deles; procure saber quem são seus professores; se informe sobre o que eles estão ensinando aos seus filhos; veja quem são os amiguinhos – tenha absoluta certeza que um ambiente é seguro (tanto física, espiritual e emocionalmente) antes de permitir que seu filho o frequente; exponha seus filhos a homens e mulheres de caráter, influências positivas para a vida adulta. Como sempre, dá trabalho, mas creio que o resultado vale a pena!
E na vida do seu filho, quem são as pessoas que tem o influenciado? Deixe seu comentário! Muito bom receber o feedback de vocês!
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