Pronta pra cortar algumas pessoas da sua vida? Leia isso!
Na entrada da minha casa tem uma grande e frondosa árvore que imagino estar ali por muitos anos. Ela é grande, forte, com folhas bem verdinhas e nos proporciona uma excelente área de sombra durante todo o ano. Embaixo dela, andamos de bibicleta, fazemos piqueniques, soltamos bolinhas de sabão ou simplesmente deitamos em uma toalha pra ouvir os passarinhos cantar ou observar o formato das nuvens.
Embora esta árvore seja tão bela e nos proporcione tanto benefícios, eu estava decidida a cortá-la! E nem meus filhos e nem meu marido iriam mudar minha opinião, afinal não eram eles que tinham que varrer por duas semanas inteirinhas as frutinhas roxas que a árvore produz e derruba no chão. Tão pouco eram eles que limpavam o carpet, que de vez em quando ficava com uma manchinha roxa devido às pequenas bolinhas que se grudavam nos sapatos das crianças e eram carregadas pra dentro de casa.
Estava decidida que naquele dia, iria ligar pra companhia que corta árvores pra que eles viessem aqui em casa dar um jeito naquela árvore, de uma vez por todas.
Era um dia típico de verão de Atlanta, com temperaturas de 35 graus, e enquanto brincávamos lá fora e eu pensava nas bolinhas no chão e o quanto eu não gostava da sujeira que elas faziam, digo para um dos meus filhos: “Sai do sol, vem aqui perto da mamãe brincar embaixo da árvore que tem uma sombra gostosa”.
E então finalmente a ficha caiu: queria arrancar aquela árvore da minha vida por causa das frutinhas que por 2 semanas por ano ela produz, sem me dar conta que durante todo o ano, é aquela mesma árvore que faz sombra para que possamos brincar lá fora; é aquela mesma árvore que balança suas folhas e cria uma brisa refrescante em minha casa; é aquela mesma árvore que abriga passarinhos que fazem meu amanhecer mais bonito com seu canto diariamente! É aquela mesma árvore que meus filhos sobem, que se penduram e é aquela mesma árvore que carrega tantas memórias lindas que passamos aqui.
E no mesmo instante, uma voz suave me disse: quantas vezes somos assim? Queremos arrancar pessoas das nossas vidas por tão pouco? As mesmas pessoas que estiveram do nosso lado nos tempos dificeis, as mesmas pessoas com quem rimos até perder o fôlego, as mesmas pessoas que se preocupam conosco. Mas aí temos os “mas”. Ele sempre esteve ao meu lado e me fez rir e me fez chorar de emoção algumas vezes, mas … mas aquele hábito, mas aquele jeito de fazer as coisas, mas….
E ali está a árvore, me proporcionando sombra por todo um ano, abrigando passarinhos das mais diversas cores e cantos em seus galhos, embelezando nossos dias e trazendo refrigério mas eu não gosto daquelas frutinhas e por isso eu vou arrancá-la da minha casa, da minha vida…
A árvore continua aqui em casa, e cada vez que eu abro a janela do meu quarto e vejo seu galhos robustos, sou lembrada de quão cruel às vezes podemos ser uns com os outros.
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Observação: Sempre que lembro deste episódio da minha vida, me lembro também da história de Jonas e da forma que ele ficou irado com Deus porque Deus foi bondoso e misericordioso com uma cidade. Dá uma olhada nesta história:
“Deus viu o que eles fizeram e como abandonaram os seus maus caminhos. Então Deus se arrependeu e não os destruiu como tinha ameaçado.Mas Jonas ficou profundamente descontente com isso e enfureceu-se.
Ele orou ao Senhor: “Senhor, não foi isso que eu disse quando ainda estava em casa? Foi por isso que me apressei em fugir para Társis. Eu sabia que tu és Deus misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que promete castigar mas depois se arrepende.
Agora, Senhor, tira a minha vida, eu imploro, porque para mim é melhor morrer do que viver”.
O Senhor lhe respondeu: “Você tem alguma razão para essa fúria? ”
Jonas saiu e sentou-se num lugar a leste da cidade. Ali, construiu para si um abrigo, sentou-se à sua sombra e esperou para ver o que aconteceria com a cidade.
Então o Senhor Deus fez crescer uma planta sobre Jonas, para dar sombra à sua cabeça e livrá-lo do calor, e Jonas ficou muito alegre.
Mas na madrugada do dia seguinte, Deus mandou uma lagarta atacar a planta de modo que ela secou.
Ao nascer do sol, Deus trouxe um vento oriental muito quente, e o sol bateu na cabeça de Jonas, a ponto de ele quase desmaiar. Com isso ele desejou morrer, e disse: “Para mim seria melhor morrer do que viver”.
Mas o Senhor lhe disse: “Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu.
Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade? ”
Jonas 4:10,11
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