A palavra influencers está na moda! Ela é usada pra definir uma blogueira, uma celebridade do Instagram. Muitas vezes, não importa muito o que esta pessoa está dizendo ou deixando de dizer, mas quantos seguidores ela tem nas suas contas sociais.

Você sabia que você também é um “influencer”? Não importa quantos seguidores você tem nas redes sociais, se você é famoso ou não. Cada pessoa que já pisou aqui nesta terra tem uma voz. E o que significa ter uma voz? Ter uma voz significa ter influência sobre outros, ter autoridade (não confunda com autoritarismo- você pode ver a diferença dos dois clicando aqui -(http://mamaereal.com/o-feijao-com-arroz-da-criacao-de-filhos/). Ter uma voz significa levar outros a pensar, moldar e e influenciar quem eles virão a ser.

Podemos ser uma voz em vários lugares, mas como pais e mães, fomos instituídos por Deus como autoridade dentro da nossa casa, sobre a vida dos nossos filhos, e se falharmos ou negligenciarmos esta missão, de exatamente nada vale nossa influência lá fora, seja no trabalho, igreja ou qualquer outro lugar (1 Timóteo 5:8). Devemos tratar nossa responsabilidade como influenciadores, autoridade sobre a vida dos nossos filhos como algo extremamente valioso e precioso. Nosso papel dentro do lar pode definir o futuro dos nossos filhos. Somos nós, e não a escola, os amigos, e nem tão pouco a igreja, que somos responsáveis pela educação, ensino, direção e formação do caráter dos filhos. Mas muitas vezes, delegamos essa responsabilidade a outros, ou negligenciamos nosso chamado, e as consequências são catastróficas. E hoje gostaria de compartilhar 3 razões pelas quais muitas vezes calamos nossa voz dentro do lar.

1. Preguiça, distração, prioridades invertidas – A primeira razão de não assumirmos nosso papel dentro do lar é negligência mesmo!!! Educar, investir, discipular os filhos é trabalhoso e exige diligência. Precisamos ser intencionais na forma que vivemos, usamos nossos recursos e tempo para conseguirmos executar este trabalho com excelência. E a verdade é que a preguiça entra em jogo e diz: “do jeito que está, tá bom. Você não precisa tempo em família. Deixa ele no video game pra você poder descansar. No final dá tudo certo mesmo”. E por conveniência, acreditamos nesta mentira . Também nos distraímos com coisas sem real importância, ou invertemos as prioridades e gastamos toda nossa energia correndo atrás de coisas que não edificam. Somos como o servo infiel, que por desleixo, não cuidou do talento que seu senhor o confiou e se justifica com desculpas. (Mateus 25)

2. Não nos sentimos confiantes ou preparados – buscar fazer tudo em excelência é um hábito excelente, mas o perfeccionismo muitas vezes nos trava e impede de realizar nosso chamado. Tantas mães sentem-se impedidas de exercer seu papel na vida dos filhos pois sentem que não são perfeitas, que não estão preparadas o suficiente. Enquanto que devemos sim sempre buscar melhorar, nossos filhos não precisam de mães e pais perfeitos, eles precisam de pais e mães disponíveis. Esteja disponível a ouvir, esteja disponível a passar tempo, esteja disponível a guiar. Se iremos cometer erros? Certamente! Mas ninguém pode assumir a missão de ser autoridade na vida dos nossos filhos por nós. Este papel nos cabe, não importa se você acha que a professora da escola, ou a vizinha, ou a líder do ministério infantil, é muito mais capacitado que você! Foi você quem o Senhor escolheu para ser pai/mãe dos seus filhos e é você quem Ele vai capacitar!

3. Passado ou circunstâncias – Muitas vezes, não assumimos nossa posição de autoridade na vida dos filhos, porque nos sentimos culpados por coisas do passado ou circunstâncias da qual não temos controle. Pode ser a mãe solteira que sente-se culpada pelo filho não te o pai por perto. Ou a culpa da mãe que precisa trabalhar fora. Lembro-me que quando meus filhos começaram escola nos Estados Unidos, sentia-me tímida de ir na reunião escolar e fazer perguntas por ter sotaque ao falar inglês. Mas aí uma amiga me disse um dia: “Você é a advogada dos seus filhos. Você é a pessoa que tem os melhores interesses deles em vista. Se você se calar, ninguém vai assumir seu papel.” Naquele dia entendi que, independente dos erros do passado, de circunstâncias que eu gostaria que fossem diferentes, não posso calar a voz que Deus me deu de autoridade, de influência, dentro do meu lar. Se erramos, ou se circunstâncias da vida nos levaram a caminhos que nunca quisemos ou sonhamos, Deus é um Deus de segunda chances. Ele é o que ampara o órfão e a viúva, Ele é quem escreve uma nova história. A mulher samaritana, que teve um encontro com Jesus no poço, entendeu que o Messias poderia transformar sua maior vergonha em sua Voz. Ela não se calou! E nós também não podemos nos calar! (João 4). Nossos filhos, mais do que nunca, precisam do nosso amor, da nossa direção, de limites claros, de pais e mães presentes.

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