O que restou do meu marido
Essa é a história da Brittany Brummel Price. Aos 25 anos, ela tornou-se viúva do amor da sua vida que a deixou repentinamente com 3 meninos (um recém nascido com 3 meses, outro com um ano e meio e outro com 3 aninhos). Patrick tinha apenas 30 anos, atleta e totalmente saudável. Saiu pra trabalhar normalmente e Brittany foi a um estudo bíblico. Recebeu uma chamada que deveria vir ao hospital com urgência, pois algo não estava bem com seu marido. Na verdade, ele já tinha morrido de um mal súbito. No mesmo dia, ela cantava parabéns pro seu filhinho mais velho de 3 aninhos, e se preparava pro funeral do marido, que seria no dia seguinte. Desde então, Brittany escreve um blog contando sua história de como encontrar alegria e confiar em Deus mesmo quando a vida toma caminhos que nunca esperávamos.
“Aqui estão os pertences dele”, um senhor me disse enquanto me passava uma sacolinha. Eu entrei naquele hospital naquele dia como uma mulher casada e saí como uma viúva, e tudo que restou dele foram alguns pertences. Eu abri a sacola pra ver seu celular, o relógio que ele usava todos os dias, sua carteira, seu crachá do trabalho e a aliança. Olhando dentro daquela sacola, eu não conseguia acreditar que ele tinha morrido. Tudo o que eu tinha em minhas mãos eram as coisas que ele não saía de casa sem. Ali estava eu com tudo que sobrara daquele dia e a irremediabilidade da morte pesando sobre mim. A realidade me atingiu fortemente quando peguei o celular dele e vi a mensagem que eu havia mandado de manhã pra ele marcada como “não lida” pois quando mandei aquela mensagem eu nunca poderia imaginar que ele já se tinha ido e nunca mais poderia receber minhas mensagens ou ligações. O mesmo homem que sempre me abraçava quando eu chorava não podia me consolar agora. Tudo que sobrou dele fisicamente foi uma pequenina sacola com suas possessões terrenas.
Quando cheguei na nossa casa eu podia ver seus sinais em todos os lugares; sinais de uma vida que já não estava sendo vivida. As lágrimas escorriam enquanto eu observava as coisas mais banais daquela manhã de setembro… seu desodorante em cima do balcão, sua escova de dente, o travesseiro que tinha o cheiro dele. Tudo que compreendia sua vida terrena estava lá. O bilhete de amor que escrevi pra ele estava em sua mesa e de lá eu podia ver o armário com suas roupas preferidas e seus sapatos. Quando ele foi para a eternidade ele não levou nada dessas coisas com ele, as únicas coisas que ele levou foi sua alma e aquilo que ele fez aqui na terra que tinha valor eterno.
Um dia mais pessoas vão se juntar ao Patrick no céu como resultado da vida que ele intencionalmente viveu aqui na terra. As muitas pessoas que ele impactou com uma vida cheia de propósito e amor, não com suas possessões. Sua vida foi um exemplo tão maravilhoso do que a Bíblia nos ensina tão claramente:
“Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Mateus 6:19-20
“Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.” 2 Corintios 4:18
O legado do meu marido será aquilo que ele fez por Cristo, não seu relógio, seus sapatos ou iphone. O que vai durar é aquilo que não podemos ver, mas é eterno. Com o tempo suas aquisições vão perder o valor, mas a Palavra de Deus que ele pregou e viveu irão permanecer muito mais do que qualquer coisa deste mundo.
Que essa minha dura realidade de ser uma viúva aos 25 anos de idade, com 3 meninos com menos de 3 anos pra cuidar e amar, possa nos fortalecer a viver a vida aqui na terra com nossos olhos naquilo que é eterno.
Traduzido por Tathiana Schulze e publicado no mamaereal.com com autorização da autora.
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