O lar perfeito
Poucos dias atrás, fomos à igreja domingo de manhã, como de costume. Quando já estávamos no carro, o Christian me disse que um amigo nos convidou para ir almoçar na casa dele logo que saíssemos dali. Conhecendo nosso amigo, que é bem extorverdito e amigável, e percebendo que se tratava de um convite de última hora, perguntei ao Christian: “Será que ele avisou a esposa que nos convidou?” “Imagino que sim,” foi a resposta dele. Fiquei com uma pulga atrás da orelha. Sou casada anos suficiente pra saber que para os homens tudo parece mais simples. Já que estamos grelhando uma carne, por que não convidar amigos? Já nós, mulheres, nos preocupamos se a casa está arrumada, se as crianças estão limpas, se vamos ter tempo de deixar a mesa posta e se temos sobremesa pra servir depois da refeição.
Chegando na casa deles, percebi que eles estavam demorando bastante pra atender a campainha. Alguns longos minutos depois a esposa vem até a porta e nos convida para entrar. Ela estava um pouco constrangida mas foi muito simpática e amigável, como sempre. Assim que chegamos, fui ajudá-la a prepar o almoço e começamos a conversar. Não demorou muito para que minhas desconfianças fossem confirmadas. O marido dela primeiro ligou para nós e depois avisou a ela que estávamos vindo almoçar. A primeira lição que aprendi foi que nunca devemos deixar os maridos fazerem planos (brincadeirinha). Enquanto ela, mãe de quatro lindas crianças, incluindo um bebê de 2 meses, carinhosamente preparava uma refeição para nós, eu podia notar que pensamentos passavam por sua mente: “As coisas nem sempre são como eu gostaria”, disse ela, referindo-se a rotina de uma casa com 4 crianças. Mal sabia ela que minha mente e olhos também estavam muito ocupados, mas de uma forma bem diferente do que ela imaginava.
Enquanto ela se preocupava em como eu estaria vendo a bagunça da casa, eu via uma casa alegre, cheia de vida, com crianças livres para aprender, experimentar e errar.
Por trás da louça da janta do dia anterior ainda na pia, eu via uma mulher que depois de um dia cansativo preferiu ir sentar-se na varanda ao lado do marido e deixar os pratos pra depois. Oh, como ela precisava daquele momento somente com ele. Ouvir seus sonhos, contar os dela e conectar-se novamente tomando uma xícara de chá!
Eu sei, querida amiga, que junto com a louça da janta também tem a do café-da-manhã: ovos, panquecas e café. De novo, vejo uma mulher corajosa e forte. Ainda cansada, pois o bebê acordou diversas vezes para mamar, levantou-se, preparou café-da-manhã pra sua família enquanto o marido arrumava as crianças. Eu sei que até passou pela sua cabeça ficar em casa enquanto seu marido ia para a Igreja com as crianças, assim você poderia pôr em dia todo o trabalho de casa. Mas não! Você ama estar com sua família nos domingos de manhã, rever suas amigas, bater papo e receber aquele tão necessário refrigério da Palavra de Deus.
Enquanto almoçávamos, vi quando você segurou na mão do seu esposo. Quando você fez isso, vi uma mulher cheia de graça para a oferecer. Você até pode ter ficado irritada com ele por não ter te consultado antes de nos convidar para almoçar, mas já tinha passado. Afinal, o que é o casamento senão um constante perdoar?
Quando nos sentamos ao redor da mesa para comer, o que me chamou atenção não foram as cadeiras manchadas de suco de uva nem os pratos de plástico surrados das crianças. Tão pouco foi o cheiro delicioso da carne grelhada, das deliciosas batatas cozidas. Foi o amor que exala de sua vida, o agradável perfume de Cristo que contagia aquela família.
Uma casa é feita de tijolos e pedras mas só o amor pode construir um lar!
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.
Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca perece.”
1 Coríntios 13:1-8
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