No Passo das Crianças

Janeiro 6, 2014 at 2:03 am

399198_2759Ela é bonita, agradável e bem-humorada. O cabelo sempre está arrumado, a maquiagem perfeita. Tem uma carreira bem-sucedida, sua casa é impecável; as festas organizadas por ela são as melhores; seus filhos são sempre educados! Obviamente esta mulher  não sou eu, e pra falar a verdade, acho que ela só existe em capa de revista!

As responsabilidades de uma mulher são muitas. A vida atual é rápida e o tempo é contado. Muitas de nós dedicamos anos aos estudos, nos preparando para uma carreira de sucesso. Aí nos casamos, chegam os filhos e… tudo muda!

Sem dúvidas, a  vida de mãe é maravilhosa. Nossos filhos são tudo para nós, mas e a outra parte? E meu lado mulher? E meus sonhos profissionais? Tantos planos diante de mim! E os desejos de participar de projetos, ministérios etc?

Acho que toda mãe passa por esta crise!

Como mãe de três filhos, sempre pensei muito sobre isto – como encontrar balanço e equilíbrio, – e confesso que não acho esta uma questão fácil. Mas conversando com uma querida amiga, alguns dias atrás, ouvi algo que me chamou atenção e me ajudou a responder muitas destas questões. Desde já, digo que este artigo não traz resposta absoluta, mas uma perspectiva que pode ser interessante. 

Conversando com esta amiga sobre uma diferente situação, ela me falou de um texto que leu. Pra quem não conhece, é a história do encontro de Esaú e Jacó, e como Esaú estava convidando Jacó para seguir de viagem junto com ele.  Bem, naquela época não existia caminhão de mudança, nem carros ou aviões, e a viagem em comitiva era longa e cansativa! Diante disto, a resposta de Jacó foi a seguinte para seu irmão:

“Jacó respondeu: O senhor sabe que as crianças são fracas, e eu tenho de pensar nas ovelhas e vacas com crias. Se forem forçados a andar depressa demais, nem que seja por um dia só, todos os animais poderão morrer. É melhor que o meu patrão vá na frente deste seu criado. Eu vou atrás devagar, conforme o passo dos animais e dos meninos, até que chegue a Edom, onde o senhor mora.”

Mas o que esta resposta de Jacó tem a ver com minhas prioridades e decisões como mãe?! Bem, primeiro creio que cabe a mim e meu esposo, e não a terceiros,  a responsabilidade de responder e decidir por nossos filhos e família. Deus os confiou a nós, como pais, e prestaremos contas da forma como os educamos. Em segundo lugar,  algo que fica óbvio na resposta de Jacó é sua preocupação com os mais fracos, ou seja, as crianças e animais que ele levava consigo. Ele sabia que deveria andar, caminhar e seguir em um ritmo que as crianças pudessem acompanhá-lo, sem serem prejudicadas.

1000400_20864281Todas nós sabemos que logo nossos filhos vão crescer e caminhar seus próprios caminhos, e que embora eles sejam pra sempre uma parte fundamental das nossas vidas, é importante mantermos outras áreas das nossas vidas saudáveis, como  amizades, projetos pessoais etc. Mas, por outro lado, todas estas coisas devem estar em perspectiva das necessidades dos nossos filhos. A partir do momento que percebemos que as necessidades deles, tanto físicas, como emocionais e espirituais, não estão sendo supridas, precisamos reavaliar nossas prioridades! Nossos filhos são preciosos demais  para terem suas necessidades negligenciadas. Toda criança precisa de atenção, de ter suas dúvidas respondidas, de tempo de qualidade em família, de alguém que lhe ensine sobre Deus, sobre relacionamentos e caráter. Eles também tem necessidades físicas, de se alimentar bem e ter um bom sono, e até brincar e correr fazem parte do desenvolvimento saudável de uma criança.

O que me chama a atenção é que Jacó não deixou de seguir seu propósito e caminho por causa das crianças, mas ele o fez em um ritmo que não prejudicasse os menores, ele andava ao passo das crianças.

Definir prioridades, avaliar as necessidades da nossa família e filhos, organizar nosso tempo de uma forma sábia e reconhecer que fase estamos vivendo (ver Eclesiastes 3) são alguns dos passos que podem nos ajudar na busca do equilíbrio.

“Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.”

Romanos 15:7

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