As coisas que amo, as coisas que gosto e o que não gosto na maternidade!
Uma das mulheres famosas que admiro é a escritora e palestrante Joyce Meyer. Quando ainda trabalhava fora de casa, precisava dirigir uma hora pra ir e mais uma hora pra voltar do meu trabalho, e enquanto dirigia, ouvia suas palestras sobre como viver uma vida satisfatória. Me recordo de uma história que ela contou um dia. Um amigo dela veio conversar com ela e perguntou a ela como ela se sentia com relação a todas as viagens que tinha que fazer, tantas noites em aviões e hotéis, considerando-se que ela já passou dos 70 anos. A resposta dela me surpreendeu: “sabe que eu nunca fico parando pra pensar em todas as viagens, nas noites mal dormidas dentro de um avião ou um hotel e como eu amaria estar dormindo no meu próprio quarto, na minha cama? Eu tenho um chamado, eu tenho uma missão, e esta é edificar as pessoas através dos congressos e palestras que ministro. Eu amo fazer isto e eu sei que pra gente fazer o que a gente ama, existe um preço a se pagar. Então escolhi não ficar focando no preço que tenho a pagar, mas sim na beleza e grandeza do meu chamado.”
Já faz alguns anos que ouvi está resposta mas ela não saiu da minha mente. No mundo do fast food, do se querer ganhar dinheiro fácil e rápido, da lei do menor esforço possível, não é de se admirar que o esforço que envolve a criação de filhos virou o foco principal dos nossos debates, dos nossos textos e das nossas conversas. Mas será que não deveria ser o contrário? Será que nosso foco, nosso olhares não deveriam estar na missão em si em vez do preço que há envolvido nela? Afinal, a maternidade não é a única coisa neste mundo que requer sacrifício. Pra qualquer tipo de colheita é necessário o plantio. Para um diploma, são necessários anos de estudos. Pra uma empresa bem sucedida é necessário dias e noites de suor e trabalho. Para um casamento feliz, é necessário ceder, dialogar e investir no relacionamento. E na maternidade é igual:
Eu amo sentir meu bebê crescendo e mexendo dentro da barriga; eu gosto de usar roupas de grávida; eu não gosto dos enjôos e dores nas costas mas eu amo meus filhos
Eu amo segurar meu bebê no colo pela primeira vez, ver seu rostinho e sentir sua respiração; eu gosto de amamentar; eu não gosto das dores do parto mas eu amo meus filhos
Eu amo correr com meus filhos no parque, soltar pipa, nadar e andar de bicicleta; eu gosto de jogar dominó, quebra-cabeças e pintar; eu não gosto de brincar de carrinho nem de lego mas eu amo meus filhos
Eu amo sentar ao redor da mesa e conversar em quanto saboreamos uma refeição, eu gosto de cozinhar; eu não gosto de ter que lavar as panelas mas eu amo meus filhos
Eu amo ver meus filhos crescendo, sua personalidade desenvolvendo; eu gosto de fazer tarefa de casa com eles; eu não gosto dos confrontos que vão surgindo conforme eles vão ficando mais velhos mas eu amo meus filhos
Eu amo transformar uma casa em um lar; eu gosto de limpar e organizar; eu não gosto de passar roupa mas eu amo meus filhos
Como deu pra perceber, tem coisas que eu amo fazer, tem coisas que eu gosto de fazer e tem coisas que eu não gosto de fazer, mas que fazem parte do pacote. E cada vez que preciso fazer algo que não gosto tanto, mas que é necessário, em vez de focar no que estou fazendo, coloco meu foco em para quem e por que estou fazendo, e isto muda minha atitude! Claro que eu não gosto de passar a noite em claro porque meu filho está doente e não está dormindo bem, mas estou fazendo para meu filho e estou fazendo porque o amo! Às vezes, em um dia chuvoso, prefereria relaxar do que brincar de carrinhos ou fingir que sou o pirata mau pela milésima vez. Mas aí me lembro que não estou simplesmente brincando de piratas, estou brincando de pirata com os meus filhos e que pra mim pode ser apenas uma brincadeira de pirata, mas para eles significa muito mais: significa que a mamãe está deixando outras coisas de lado pra brincar com eles; que eles são importantes o suficiente para eu pare por alguns minutos pra brincar de pirata, mesmo esta não sendo a minha brincadeira preferida. E que enquanto nós brincamos, sementes preciosas de amor, de alegria, de paz são plantadas no coraçãozinho deles. E aquela brincadeira que não é tão legal passa a ser especial porque vejo os olhinhos brilhando, os sorrisinhos e gargalhadas e a alegria no rostinho deles.
Eu não amo ter que cozinhar, eu não amo as pilhas de roupas que tenho que lavar e não amo noites mal dormidas mas eu amo meus filhos e é para eles que eu faço! Porque quando eu preparo uma comida, também preparo a oportunidade de nos sentarmos e convesarmos e rirmos juntos depois de um dia de desafios lá fora, na escola e no trabalho. Quando passo uma noite acordada com meu filho por causa de uma enfermidade, estou mostrando pra ele que não importa as dificuldades que ele venha a enfrentar, ele nunca estará sozinho.
Quando passo a ver os pequenos sacrifícios em perspectiva da grande alegria e missão de ser mãe, posso enfrentá-los com uma atitude positiva. Meu foco já não está mais no meu sacrifício, mas na minha missão, e minha missão é linda!
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