Adeus Culpa! Bem-vinda Confiança!

Janeiro 10, 2014 at 7:30 pm

Culpa: uma palavrinha pequena mas que carrega grandes sentimentos e emoções que nós, mamães, somos bem familiares! Basta fazer algumas pesquisas pra descobrir que vários estudos realizados com mães mostram que a maioria delas, tanto as que trabalham fora ou ficam em casa, sentem-se culpadas! Um estudo recente feito com 2000 mães apontou que 87% das mães se sentem culpadas com relação aos filhos.  Segundo a pesquisa*, os motivos são diversos.1080946_24278190

Pensando sobre o assunto, e como eu mesma lido com este sentimento, percebi que existem duas situações diferentes e que devem ser lidadas para tratar deste sentimento e trocar a culpa por confiança, pois quanto mais confiantes formos, melhores mães seremos para nossos filhos. O primeiro cenário que observo é um sentimento de culpa sem motivo verdadeiro, nesta categoria inclui-se:

Setir-se culpada por não ser uma mãe perfeita: Tenho uma boa e uma má notícia para nós todas! Nós estamos longes de ser pefeitas; por outro lado, ninguém é. As pessoas não são perfeitas, circunstâncias não são perfeitas, filhos não são perfeitos, enfim, a vida não é perfeita. Você não é uma excelente cozinheira?! Sua casa não está sempre organizada?! Você precisa de um tempo pra si mesma de vez em quando?! Tudo bem! Se exigimos de nós mesmas perfeição, cada vez estaremos mais frustradas e desanimadas na missão de criar filhos. Por outro lado, não sermos perfeitas não deve ser uma desculpa para não executarmos nosso chamado com excelência. Enquanto o perfeccionismo nos leva a frustração, a um sentimento de inadequação,  pois nunca seremos mães perfeitas, a excelência gera em nós um desejo de sermos ótimas, de melhorarmos a cada dia. E esta deve ser nossa motivação!

Sentir-se culpada por situações que não podemos mudar: existem situações na vida que nós mesmas não temos poder de mudar. Talvez seu marido faleceu ou te abandonou; alguém da sua família ou seu próprio filho tem algum tipo de doença crônica; ou você, como eu, mora longe de sua família e por isso seus filhos não podem ter muito contato com a famílai! Tenho uma amiga cujo marido é piloto de avião, e passa a maior parte do tempo viajando, por exemplo. Claro que estas circunstâncias são difíceis e exigem adaptação tanto dos pais quanto dos filhos, mas se não está ao nosso alcance mudar a circunstância, está sim ao nosso alcance mudar nossa atitude com relação a ela, e isto pode fazer toda a diferença na vida dos nossos filhos e na nossa também. Por mais difícil que seja, tente ter uma atitude positiva, confie em Deus que as coisa podem funcionar e faça o melhor que puder. O que você não puder fazer, Ele faz por você!

Sentir-se culpada por não poder dar tudo o que a sociedade diz que ele precisa: Vivemos em um mundo consumista, e temos que cuidar para não cair no erro de achar que coisas vão nos fazer felizes. Se você tem condições de comprar vários brinquedos caros para seus filhos, roupas de marcas e eletrônicos, tudo bem! Mas se você não pode, saiba que a felicidade dele não está condicionada a isto. Amor, proteção e respeito são muito mais importante do que bens materiais.

O outro tipo de culpa que percebo é originada quando percebemos que existem coisas que poderíamos mudar ou melhorar mas não o fazemos:

Culpa que vem da convicção de que há necessidades de mudança: Existe um sentimento de culpa que  vem como um aviso da nossa consciência de que algo precisa ser mudado, e é bom prestar atenção neste sinal e efetuar as mudanças necessárias. Talvez sejam nossas prioridades que precisam ser reorganizadas, ou a forma como tratamos nosso marido, especialmente na frente dos nossos filhos; talvez não somos justas com nossos filhos, ou falhamos em discipliná-los porque disciplinar dá trabalho. Se este for o caso, precisamos olhar com honestidade pra situação, pedir perdão se for necessário (sim, eu acredito que temos que mostrar para nossos filhos que somos falíveis a erros e pedir desculpas quando erramos – claro que levando em consideração a idade e entendimento deles), acertar o que é necessário e bola pra frente. O remorso não vai trazer benefício nenhum, já o arrependimento e mudança de direção sim! Este é um processo contínuo de aprendizado. Quantas vezes em minha própria jornada percebi que meu comportamento estava afetando meus filhos. Um exemplo que me lembro agora é ficar pressionando meu filho do meio pra “apurar, andar rápido” frequentemente. Só percebi que estava sendo prejudicial quando ouvi meu filho mais velho dizendo pra ele: “Anda, a gente tem que ir; a mamãe está com pressa”, com certo nervosismo na voz. Percebi que precisava me programar melhor para ter tempo de sair com os três sem ficar nervosa porque estava atrasada e entender que criança leva mais tempo pra colocar a roupa, comer etc.
A confiança: Independente de seus pontos forte ou fracos, de quais são suas dificuldades ou lutas, Deus escolheu você pra ser 1195767_36244650mãe desta criança maravilhosa que você tem! “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe.Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso tenho plena certeza” Salmos 139:13 e 14.

E se Deus escolheu você, Ele certamente sabe o que faz. Ele já colocou dentro de você tudo o que você precisa para ser uma excelente mãe para seu filho! Tenha confiança! E por falar em confiança, sabe qual é a definição desta palavra?: “ Esperança firme em alguém, em alguma coisa; sentimento de segurança, de certeza, tranquilidade, sossego daquele que confia”. A confiança é a esperança firme em alguém, então como uma mãe que confia em Deus, minha confiança não está somente no que eu posso fazer por meus filhos! Posso ter segurança, tranquilidade, sossego de que se eu fizer o que está no meu alcance, Deus cuidará do resto! Que coisa maravilhosa poder encontrar este sossego!

A Pastora Jane Evans nos dá uma injeção de ânimo: “Mãe, nunca ouse pensar que você não tem o que é necessário para criar seus filhos. Nunca pense em desistir. Seu filho tem dentro dele sementes de grandes coisas para o futuro, plantadas por Deus antes da fundação do mundo. Ele escolheu você para regá-las, nutri-las e ajudá-las a crescer, e este é um chamado feito por Deus. Se existe uma razão para estar confiante como mãe, a razão é esta: Deus sabe que você tem o que é necessário! Então não permita que os desafios do dia a dia diminuam sua confiança.”*

 

Obs: Talvez você está lendo este artigo e está pensando: “Ah, isto é legal, mas eu pisei na bola feio. Meu erro foi enorme, eu destrui minha vida ou a da minha família, por isso nunca vou conseguir me livrar deste sentimento de culpa.” O que posso te dizer é aquilo que acredito de todo meu coração, aquilo que guia minha vida: “Deus é um Deus de segundas chances, e terceiras, e quartas, e quintas, e sextas… ok, acho que você entendeu, certo!? Deus não nos rejeita  porque nós erramos, mesmo que este erro seja ENORME! Ele continua nos amando; Ele nos perdoa e nos dá sempre outra chance de recomeçar. Este é o centro da fé cristã!

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“O Senhor é compassivo e misericordioso, mui paciente e cheio de amor.

Não acusa sem cessar nem fica ressentido para sempre;

não nos trata conforme os nossos pecados nem nos retribui conforme as nossas iniqüidades.

Pois como os céus se elevam acima da terra, assim é grande o seu amor para com os que o temem;

e como o Oriente está longe do Ocidente, assim ele afasta para longe de nós as nossas transgressões.

Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem;

pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó.”

Salmo 103 : 8 – 12

 

*Pesquisa realizada pela companhia de produtos para bebê NUK, no Reino Unido.

 

* Pra Jane Evans, livro: “Raising Children Without Going Insane” – tradução livre feita por mim.

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