A batalha que toda mãe já perdeu!
Quantos e quantos posts e vídeos no facebook você já viu falando sobre os palpiteiros de plantão, que estão sempre prontos a dar o “melhor” conselho para as mamães? Aquela tia que sabe tudo e que não entende porque você não quer dar um docinho ou a amiga natureba que reclama porque você quer dar o docinho? Como mãe, parece impossível agradar todo mundo e esses videos de conscientização vão direto ao ponto e são muito engraçados. Mas quer saber de uma coisa? Essa é uma guerra perdida! Por mais que a gente tente conscientizar as pessoas e essas campanhas sejam válidas, por mais que você poste “aquela” indireta no instagram ou a gente fique brava, o ser humano vai continuar a ser palpiteiro. Gostamos de falar, dar conselhos e emitir nossa opinião, mesmo quando não somos convidados a fazê-lo. Sempre vai ter alguém dizendo “nossa, mas por que dois filhos tão perto um do outro, assim você não consegue dar atenção pra nenhum”, ou “pra que esperar tantos anos entre os filhos, assim eles vão crescer sozinhos”.
Embora ouvir palpites e opiniões não solicitadas não seja a coisa mais agradável do mundo, até que ponto vale a pena ficar chateado, perder uma amizade ou uma boa conversa porque alguém pensa diferente de você? Ou pior ainda, até que ponto devemos nos preocupar tanto com a opinião dos outros mesmo que isto custe nossa alegria e paz? Vale a pena viver pra provar pros outros que estamos certas? Em vez de querer mudar o mundo inteiro, não é mais fácil mudarmos a nós mesmas e nossa reação a circunstâncias, digamos assim, não tão agradáveis?
A solução então? Estar segura de suas escolhas e filtrar aquilo que você ouve, sem precisar ficar chateada ou de mal com o mundo porque nem todos concordam com sua opinião. Eu, por exemplo, decidi colocar meus filhos na escolinha só com 5 anos. Eu queria fortalecer nossos laços familiares e também desejava que eles aprendessem o português antes do inglês (moramos nos EUA). Recebi muitas críticas de amigas que achavam que meus filhos iriam ficar pra trás ou não aprenderiam a se socializar. Eu e meu marido, depois, de pesquisarmos sobre o assunto, buscarmos informação séria e refletirmos, continuamos acreditando que seria o melhor pra nossa família. Escolhi não perder a paz nem amizades porque outras amigas pensavam diferente de mim.
Pesquise, converse, se informe! Tome decisões conscientes que façam sentido pra você e sua família! Não espere que todo mundo vai concordar com sua escolha. Sim, os palpites vão continuar de vez em quando mas atire a primeira pedra quem nunca palpitou!
Texto escrito originalmente por mim e publicado na Revista Doce Nascer, da qual sou contribuidora!