O que Aprendi com uma Pata!

Fevereiro 4, 2014 at 3:38 am

410787_7023Até algumas noites atrás, a única relação que tinha com patos era a de levar alguns pães velhos no lago de vez em quando para ver a alegria dos meus filhos ao alimentá-los. Mas de alguns dias pra cá, tenho pensado muito nos patos, especialmente na mãe pata. Explico: ao ler um artigo, descobri que  a mãe pata, quando está preparando o ninho para seus filhotes, arranca com o bico as penas mais macias do seu peito para forrar o ninho e aquecer seus patinhos!

O que? Arranca suas melhores penas para o ninho? Confesso que nunca tinha parado pra pensar como um ninho de pato era feito, mas se me perguntassem sobre o assunto, iria dizer que ela junta gravetos, talvez folhas; quem sabe ela arranca as penas do pai pato, afinal ele tem que participar! Mas não: ela usa as penas mais macias, que ela mesmo arranca do seu peito, para dar o conforto e proteção pros seus filhotinhos.

Acho que você já está entendendo aonde quero chegar: para se construir um lar, existe sacrifício. Cada dia, nos doamos um pouquinho. Cada dia, vamos arrancando penas do nosso peito pra formar um ninho. E este ninho é formado com um pouquinho de nós mesmas, que arrancamos a cada dia!

“Mamãe, você pode brincar um pouco com a gente agora?”, sussurra um com voz suave.

“Mamãe, eu preciso de ajuda”, diz outro.

“Será que deixo o computador para preparar uma janta?”, penso comigo mesma.

A pia está cheia, mamãe está cansada, quem sabe até com um pouco de dor nas costas. Alguns trabalhos estão pendentes, e um banho relaxante era tudo que mamãe queria. Mas sim, eu vou! Eu vou brincar um pouco com vocês, afinal, os pratos podem esperar. O banho relaxante e os trabalhos pendentes também ficam para trás, pois é assim que se constrói um lar, com penas que são retiradas do peito a cada dia.

O exemplo da mãe pata me ensinou uma lição: uma construção, com paredes levantadas até o teto, até pode ser construída com material de segunda qualidade. Mas um lar, um ninho, só pode ser construído com sacrifício, com penas macias, com o melhor que temos a cada dia.

As vezes dói! Imagino que quando a mamãe pata arranque suas penas também doa (lembra da depilação?). Dói sacrificar! Dói deixar nosso desejos de lado! Dói servir! Mas temos o maior exemplo, dAquele que sempre nos serviu. E quando achamos que já não podemos mais, Ele nos dá força pra continuar a arrancar as nossas peninhas e usá-las para dar conforto e aquecer o nossos patinhos!

Talvez nossos filhinhos sejam muito pequenos para expressar com palavras a gratidão, mas no coração deles eles sabem! Sabem que são amados, sabem que os protegemos! E quando chega a noite, e com o restinho da energia que nos sobra vamos espiá-los dormindo em seus ninhos quentinhos, descansando tranquilos porque sabem que estão bem cuidados, nosso coração se alegra porque valeu cada peninha!

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca falha.

1 Coríntios 13:4 – 8

E você, querida mamãe? De onde tira forças a cada dia? O que te motiva a continuar? Deixe seu comentário! Gosto muito quando vocês compartilham suas experiências!

Share Button